quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Expressão na Dança

Bom lição de casa da pesada, como melhorar a expressão facial no palco??? No nosso ensaio saiu que a expressão é algo muito importante, não soube se era pra mim ou não, mas me acho com cara de nada, então resolvi pesquisar, não achei muita coisa,  mas o pouco que achei até que é interessante.


bjokas ;-)


Sobre a expressão na dança

Nas últimas semanas duas pessoas que não se conhecem me procuraram com a mesma finalidade: “minha expressão no palco não é boa, você pode me dar umas aulinhas?”.
Foi um dever de casa difícil!
Sempre acreditei que expressão não era algo que se ensinava. Hoje, já não sei se isso é assim tão inabalável…
Para começar essa reflexão, compartilho aqui com vocês, minhas amigas que me procuraram e minhas leitoras (sou chique, notou?), alguns pontos interessantes, pra gente começar a pensar no assunto:
1º Por que você dança?
E não adianta me dizer que é apenas para fazer uma atividade física. Existem inúmeras possibilidades de se exercitar por aí, mas você escolheu fazer dança do ventre.
O que isso diz de você? Por que, afinal de contas, você escolheu dançar e, mais ainda, por que esse tipo específico de dança?
A resposta a essa pergunta pode ser a chave da sua questão.
Se você dança só por dançar e isso não vem acompanhado de um sentimento de amor, paixão ou encantamento, podemos parar por aqui a nossa conversa.
Não quero ser cruel, mas vamos aos fatos: se você não ama o que faz, como é que quer ter uma boa expressão no palco?
A expressão do seu rosto é o espelho daquilo que você sente.
Sem amor, a expressão de plenitude não acontece.
Isso fica evidente no palco.
E não adianta ensaiar caras e bocas porque isso é bem pior do que ter cara de nada.
E é nesse ponto aqui que comungo com a idéia de que a expressão facial não pode ser ensinada: não dá pra dizer “agora ria”, “agora faça cara de tristeza”… Não, não estamos num curso de teatro.
No entanto… se você gosta de dançar, mas não consegue demonstrar isso no seu rosto, passemos ao segundo ponto.
2º Você tem um rosto.
Meninas, não é só o ventre, braços e o tronco da gente que dançam. É o corpo inteiro. E o rosto faz parte do seu corpo.
Quando a gente dança, o que as pessoas vão ver é o nosso corpo inteiro. Elas não olham apenas para nossos pés e barriga. Elas vêm a bailarina completa. E isso inclui o rosto.
O primeiro passo aqui, é tomar consciência dele. Afinal, vocês se maquiariam pra quê se o rosto não estivesse à mostra?
Sozinha, se olhe no espelho. Olhe seu rosto e as marcas que o tempo e as experiências foram imprimindo nele.
Esse rosto é só seu.
Brinque com o espelho. Faça caretas, faça tipo gostosona, faça macacada. Exercite seus músculos faciais. Eles também precisam de alongamento diário!
3º Dance o que lhe toca
Beleza. Você gosta de dançar e já sabe que tem um rosto, mas você está dançando aquilo que gosta ou deixa sempre que sua professora escolha a música?
Vou contar uma coisa a vocês: eu nunca danço algo que não me emocione.
É a emoção que a música me faz sentir que rege a minha expressão.
Se a música é romântica, me toca, me deixa pisando em nuvens, isso fica evidente em mim porque deixo transparecer aquilo que vai ao meu coração.
Se a música é alegre, doidona, divertida, me sinto numa grande festa e me comporto como se estivesse em uma.
Se a música é triste, languida, dor de cotovelo infinita, boto pra fora todas as minhas frustrações nela.
E por aí vai…
Não dá pra dançar algo que não nos emocione. Fica sem vida, sem graça. Por isso, exercício: escute muita música! Pode ser até música ocidental mesmo!
Separe aquelas que te dão um click no coração. Fica sozinha no escuro e simplesmente sinta. Não se preocupe com a técnica. Não tem ninguém te olhando, ninguém vai te julgar, ninguém vai lhe apontar o dedo nessa hora…
4º Técnica x Emoção
Ok. Se você é iniciante, é natural que tudo isso seja bem difícil pra você. É natural que a gente se preocupe mais com a técnica.
“Ai meu Deus, que movimento faço agora?”. E a cara de desespero se arma no nosso rosto.
Uma dica: na sala de aula, preocupe-se com o aprendizado técnico, mas no palco, não se preocupe com isso.
Você aprendeu tudo que tinha pra aprender até ali. Fez o seu melhor.
Ali, no palco, não há mais o que ser aprendido em termos de ondulações e shimmies. É um fato. O que sobrou? Curtir o momento!
Os minutos passam voando. Aproveite os minutos que tem para ser feliz.
5º Necessidade de aprovação
Todo ser humano tem necessidade de aprovação alheia. A gente quer sempre agradar a alguém, seja ao marido, a professora, a chefe… putz!
Nessa loucura, em busca da aprovação, a gente só esquece de agradar a si mesma.
Então, flor, desencana na hora de dançar. É impossível agradar todo mundo.
Já diz o ditado, toda unanimidade é burra.
Tem gente que vai gostar, tem gente que não vai. E isso inclui até as grandes estrelas, sabia? Eu por exemplo, não gosto da Randa, embora ela seja considera a maior bailarina egípcia da atualidade. Sempre haverá gostos distintos…
E você vai criar rugas por causa disso?
Como diria minha amiga Selene, dance pra quem vai gostar de lhe ver. Nem que seja a sua mãe, que vai em todas as apresentações e saí orgulhosa da cria. A sua mãe merece a melhor expressão que você tem pra dar, não?
E se essa necessidade de aprovação lhe conter demais, procura um terapeuta.
Sério. Ajuda muito! Palavras de quem já passou por isso.
6º Eu realmente não sei o que fazer com o rosto.
Bom, se nada disso adiantou, existem exercícios que podem ajudar. Pra isso aqui, as aulas podem ser eficientes.
Até hoje, só vi uma professora de dança do ventre fazer isso bem (a Bela Saffe), mas a ressalva é que ela também é professora de teatro.
Pra resumir: umas aulinhas de teatro poderão cair bem. Pode ser só uma oficina. Pra você poder experimentar possibilidades diversas de expressão.
Outra coisa que você pode fazer é dar uma olhada em vídeos de bailarinas famosas. Repare na diversidade de expressões que você vai encontrar: o ar diáfano da Souher Zaki, a cara de dor de barriga da Dina, o ar de poderosa da Fifi, a cara de “adoro dançar” da Kahina
7º A sua expressão
Já que falamos na Kahina…
A Kahina é a bailarina de dança do ventre mais imitada do Brasil. E isso inclui expressões faciais.
É muito, mas muito pobre imitar a expressão de alguém no palco. Ou muito cômico também. Se for pra ser uma sátira, óbvio.
Você pode até fazer isso em casa, como exercício. É legal. Ajuda a explorar algumas possibilidades diferentes. Mas é necessário que você faça isso apenas como exercício para encontrar a sua própria expressão.
Repare, quando uma pessoa fala, a gente vê ali gestuais e articulações de frases que são próprias dela. Na dança também é assim. Ou deveria ser.
Você deve encontrar esse jeito seu de se expressar. Ele é único e não vem fácil, não.
Serão necessários alguns anos de experimentação até que você o reconheça.
Mas, até lá, é preciso ralar.
Você está disposta?



A importância da expressão facial.
Cada dança precisa ser interpretada e ter comunicação com o público. É um trabalho do bailarino para dar vida a qualquer peça coreográfica. A única maneira de fazer isso é através de verdadeira emoção, personalidade e expressão. No início de realização da formação, um bailarino se esquece de suas expressões de rosto ou a falta dela. Alguns optam por apenas um sorriso.
1- A alma de uma dança está na cara
Quando o desempenho do bailarino começa a amadurecer o bailarino aprende a usar a expressão facial como a alma da sua dança. Ele se torna o gesto que vende a dança para o público como um ator vende a sua qualidade de observadores de teatro. É a verdadeira emoção da dança que faz com que seja uma arte em primeiro lugar. A bailarina que não expressa emoção e expressão durante a dança se torna desinteressante e aborrecido.
 2- Expressão chama a atenção para o bailarino
Uma das melhores ferramentas é aprender a adaptar-se facialmente a dança. Audiência nos olhos são atraídas para os intérpretes da dança que aprender a dominar a emoção e expressão dentro da coreografia definida. O clima da dança faz o público interagir com o meio da interpretação, emoção recíproca e ilusão psicológica. É o fator real de ligação entre o bailarino e o público, e um dos mais importantes.
3- Dicas de expressão no rosto
Aqui estão algumas dicas para ajudar no desenvolvimento da expressão:
• Deixe a letra e a melodia da música  levar-te!
• Dar uma resposta emocional para a música.
• Deixe-se! Apenas permita-se sentir fisicamente uma emoção no palco.
• Pratique emoção e expressão facial durante os ensaios e as aulas.
• Não exagere! Isso não é torcida.
4- O rosto define o estado de espírito da dança
Alguns bailarinos que aprende a expressar-se bem às vezes pode ir um pouco além. Em uma audição ou um juiz que vê uma bailarina exagerar para vê-los atuando, pode parecer falso. Ele realmente pode interferir com a mensagem da dança. No mundo da dança as expressões têm que ser naturais. O valor artístico de um bailarino é apresentar expressão e emoção, um bailarino torna o conceito coreografia vir a vida, dando-lhe a vida verdadeira.
5- Não exagere!

Uma expressão não pode ser imitada. Cabe à bailarina encontrar uma verdadeira conexão com a peça. Que cada emoção facial retratada, é uma verdade da natureza. Com a prática e a coragem, a expressão facial impulsionará uma bailarina para o próximo nível e para o sucesso!

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